Planejar a aposentadoria requer uma série de etapas para chegar ao objetivo final, garantindo a possibilidade de uma vida tranquila e confortável quando for a hora de parar de trabalhar. Nesse sentido, observar com cuidado a relação entre previdência privada e fundo de pensão é fundamental.

Para ajudar você, vamos explorar aqui qual é a relação entre previdência privada e fundo de pensão. O objetivo é você reconhecer essa ligação, que permite otimizar os seus investimentos visando uma aposentadoria mais confortável. Acompanhe!

Como funciona um plano de previdência privada?

Entenda a relação entre previdência privada e fundo de pensão

Para facilitar a compreensão da relação entre previdência privada e fundo de pensão, vamos antes explorar as definições de cada um desses termos de forma separada. Primeiro, os planos de previdência privada.

Eles são um tipo de investimento, em geral de médio ou longo prazo, que visa a acumulação de recursos para garantir o pagamento de uma renda futura — seja para bancar a aposentadoria, seja ainda com fins sucessórios.

Ao contratar um plano de previdência privada, você estará garantindo um complemento à Previdência Social. Por isso, é comum ver esses planos sendo chamados de planos de previdência complementar.

A partir do momento em que passa a fazer parte de um plano desse tipo, o investidor se compromete a fazer aportes periódicos. Eles se acumulam e são investidos em aplicações financeiras de modo a garantir rentabilidade durante o período. Terminado o prazo de acumulação, o investidor pode fazer o resgate dos valores, dentro daquilo que estiver estipulado pelo plano.

O interessado em ter um plano de previdência privada deve procurar um banco ou uma seguradora que ofereça esse produto. Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem fazer o investimento, e não é preciso estar enquadrado em determinada categoria profissional ou empresa.

Os planos de previdência disponíveis no mercado estão divididos, basicamente, em dois grupos: os VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). A grosso modo, a diferença entre ambos diz respeito à forma como os tributos são calculados e cobrados.

Além dos impostos, quem adere a um plano de previdência deve acompanhar com cuidado também as taxas cobradas, já que o peso delas pode impactar na rentabilidade obtida.

E um fundo de pensão?

Já os fundos de pensão funcionam como uma espécie de plano de previdência complementar. Contudo, eles são fechados. Ou seja, é preciso preencher algum requisito específico para aderir a eles.

Entre os requisitos mais comuns para isso estão a participação em determinada categoria profissional ou ainda o vínculo a uma empresa. Com isso, é a instituição que oferece a participação no fundo para que seus integrantes possam se organizar financeiramente para a aposentadoria.

Assim, o funcionário ou membro de determinada categoria contribui com parte do seu salário e, em alguns casos, a empresa responsável pelo fundo complementa o valor depositando uma contraparte. Os volumes juntos formarão o colchão financeiro que será utilizado para garantir uma fonte de renda no futuro.

O dinheiro acumulado no fundo de pensão também é investido, para que alcance alguma rentabilidade. Dessa forma, não é raro que os recursos sejam alocados em investimentos no setor imobiliário, em renda fixa ou mesmo em ativos de renda variável.

Como previdência privada e fundo de pensão se relacionam?

Previdência privada e fundo de pensão são fundamentais para planejar aposentadoria

Na prática, um fundo de pensão (também chamado de entidade fechada de previdência complementar) é considerado um dos tipos de previdência privada de caráter complementar.

Todavia, eles guardam uma diferença fundamental. Enquanto os planos de previdência privados oferecidos por bancos e seguradoras são abertos (ou seja, disponível para qualquer interessado), os fundos de pensão são restritos aos membros de uma empresa ou categoria profissional, como já ressaltado.

De qualquer forma, ambos têm caráter complementar e quase sempre são facultativos. Além disso, ambos permitem que o investidor planeje melhor sua aposentadoria e não fique dependente apenas do regime público de Previdência, que sofre constantes alterações.

No mais, as duas opções guardam algumas semelhanças, como a cobrança de taxas para cobrir os custos de manutenção da administração do plano de previdência e a incidência de Imposto de Renda, que varia de acordo com o plano.

E quais são as suas diferenças?

Além da já citada variação entre os planos abertos e os fundos fechados, uma diferença fundamental, mas pouco observada entre ambos, é que os primeiros são produtos financeiros oferecidos por instituições que visam o lucro. Já os segundos são administrados sem fins lucrativos.

Outra diferença envolve a regulação: os planos de previdência fechados (em especial os VGBL e os PGBL) são regulamentados e supervisionados pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Já os fundos de pensão têm regulamentação a cargo da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Ambos os órgãos estão no guarda-chuva do governo federal e são autarquias do Ministério da Economia.