Oi pessoal. O Rafael me convidou para um post aqui no blog do ideias.me, explorando uma semente de ideia que tive ao comentar um post dele. O assunto foi: Um Pouco Mais Sobre CrowdBuilder.

Aceitei o convite e também o desafio!

“Bora” né…

Ah, como já colocado no “Compra coletiva não é crowdsourcing!”, também discordo que a mesma possa ser classificada como um crowd simplesmente por faltar inteligência. Particularmente não acredito que esse modelo atual de cupons para indução de consumo localizado, baseado em descontos “generosos”, persistirá por muito tempo. Além disso, eu  já estou de saco cheio de tanta oferta de polenta frita e escova completa.

Um Pouco Mais Sobre CrowdBuilder

Mas, as plataformas de compras coletivas estão aí e, se passarem desta fase febril, com inovações, pode ser que sobrevivam nos negócios. É só uma questão de acreditar que isso não vai mudar o mundo para algo melhor, não é?

Como explicar o que me veio a cabeça?

Dentro deste grande framework social que a internet está se transformando, acredito que oportunidades de mudar-mos o persistente status quo industrial, pode ser acelerado, com benefícios, por modulação dos sistemas crowd e de compras coletivas.

Seria só uma questão de misturar a ineficiente compra coletiva, com a agilidade no desenvolvimento de produtos e serviços, aliado com a diminuição da ansiedade consumista da sociedade. Isso tudo bem engendrado, poderia produzir um ambiente de negócios onde a utopia do “win-win-win” estivesse bem próxima de ser tocada.

Sinteticamente acredito que:

Crowdsourcing – Interação de muitos para inovar.

Crowdfunding – Interação de muitos para patrocinar.

Compras coletivas – Interação de muitos para consumir.

Em tese, estes tem sido o ponto de partida para modelagem de muitos negócios na rede, o que pode ser limitante para novos empreendimentos. Então, vamos à ideia:

Uma imagem vale por muita “abobrinha”?

Abaixo tem uma que transmite novas oportunidades, na convergência possível destes frames eSocias:

Na sobreposição parcial destes modelos de negócios, representados pelos círculos, aparecem zonas de interface entre os mesmos. É nelas que acredito estarem as verdadeiras oportunidades.

Enumerei estas zonas, por pura inferência(chute de trivela), em ordem de impacto positivo na sociedade.

Logo, teríamos quatro áreas novas de exploração de negócios:

Zona1  – CrowdSourcing + Compras Coletivas

Zona2  – CrowdFunding + Compras Coletivas

Zona3  – CrowdSourcing + CrowdFunding

Zona@ – TudoTodosJuntos ou “alerkina”.

Outra figurinha:

  1. Um pareto, inferindo a sinergia social possível entre os modelos.

Será que estou variando? Pode ser, mas:

Dei uma pesquisada nas “minhas” fontes “exclusivas” e achei um empreendimento que se posicionou na zona1. É o Quirky. Neste link você entende o game!

Também achei um artigo legal, do Joshua Gans (não é meu parente), que analisa a iniciativa da Quirky: A Quirky Way of Innovating.

Então? Vislumbram novos modelos de negócios?

Bom, acho que é um bom início de interação!

Abraços aos leitores do ideias.me e um agradecimento especial ao Rafael pela experiência!

Paulo Ganns

Interação em @pganns

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Inspirações:

Os valores sociais mudaram. Agora, não podemos vender nossos produtos a não ser que nos coloquemos dentro dos corações de nossos consumidores, cada um dos quais tem conceitos e gostos diferentes. Hoje, o mundo industrial foi forçado a dominar de verdade o sistema de produção múltiplo, em pequenas quantidades.

(Taiichi Ohno -1998 – Lean Manufacturing/Toyota)

“…O que dá poder ao crescimento inteligente não é capital buscando burramente o menor custo de mão-de-obra, mas a possibilidade de que o trabalho possa ter o poder de buscar o capital onde quer que possa criar, inventar e inovar mais.”

(Umair Haque – 2010 – Capitalismo 2.0)