A infertilidade atinge 15% dos casais tentantes e, ao investigar suas causas, evidencia-se o papel da genética como responsável pela não concretização da gravidez ou por abortos espontâneos.

Apesar da dificuldade de engravidar estar associada a fatores diversos, muitas pesquisas científicas apontam questões hereditárias como indícios para essas anomalias cromossômicas.

Fatores hereditários

A pré-disposição para o desenvolvimento de irregularidades associadas à infertilidade, características sanguíneas e de aparência são fatores genéticos relacionados à reprodução humana.

Assim, filhas de mães com menopausa precoce (antes dos 45 anos), além do risco de findar seus ciclos antecipadamente, reduz anualmente sua quantidade de óvulos, mesmo em idade fértil.

A endometriose, crescimento descontrolado de tecido endometrial, é transmitida entre parentes de primeiro grau, intensificando as chances de ocorrência em sete vezes entre filhas de mães que desenvolveram a doença.

Outra disfunção com caráter genético que interfere na reprodução humana é a síndrome dos ovários policísticos em quem irmãs e filhas apresentam 50% mais chances de incidência do problema.

A relação de parentesco também é apontada como encarregada pela produção cromossomos defeituosos, abortos espontâneos…Tais disfunções surgem em detrimento de doenças infecciosas, radiação ou uso de alguns medicamentos por conta da mãe.

Os homens não estão isentos dessa lógica genética, gerando cromossomos e genes defeituosos a partir de anomalias herdada dos pais, como o Criptorquidismo e a Síndrome de Klinefelter.

Infertilidade

A herança genética associa-se a perdas gestacionais por gerar diversas intercorrências, como:

  • Trombofilias;
  • Hemoglobinopatias (afetam a hemoglobina);
  • Disfunções metabólicas originadas a partir de defeitos em genes.

Um casal com um quadro de infertilidade deve se consultar com um especialista em reprodução humana com o propósito de descobrir o que impede a concepção do embrião.

Diversos exames serão realizados para diagnosticar se o problema advém dos hábitos de vida ou disfunções. Ciente da origem do problema, o médico orientará com relação aos próximos passos, que podem variar de soluções simples, como utilizar a calculadora fértil para programar as relações até intervenções mais complexas, como cirurgias de correção ou inseminação artificial.

Tratamentos 

Felizmente, o avanço científico apresenta uma gama de intervenções para solucionar os problemas de infertilidade, apresentando ótimos resultados, seja a disfunção de herança genética ou não.

As clínicas especializadas em reprodução humana contam uma equipe multidisciplinar para dar apoio ao casal tentante e profissionais capacitados a atuar com técnicas e equipamentos de ponta.

De acordo com a dificuldade apresentada pelos pacientes, médicos trabalham em conjunto para uma terapia eficaz. Assim, caso a endometriose seja a vilã, o cirurgião pode extrais os pontos de inflamação, preservando o útero, por exemplo.

No entanto, se as intervenções medicamentosas ou mais incisivas não forem suficientes, a infertilidade pode ser solucionada com fecundação in vitro, congelamento de embriões, doação de óvulos ou gametas, inseminação artificial…

Não há a necessidade de fazer todas as técnicas de reprodução assistida para resolver um caso de infertilidade. Às vezes, a estimulação ovariana e o coito programado podem ser suficientes para ocorrer a fecundação.

O especialista verificará a condição do paciente para propor a técnica mais apropriada para a concretização da gravidez, não importa se a disfunção for feminina ou masculina.